Uma equipe de astrônomos bateu recorde ao descobrir uma estrela com um peso de nascença 320 vezes maior do que o nosso Sol, a mais volumosa dentre as registradas até hoje, informou o Observatório Espacial Europeu (ESO) nesta quarta-feira.
A estrela, denominada R136a1, mede atualmente 265 massas solares e foi localizada a 165 mil anos-luz de distância da Terra com auxílio do telescópio VLT (Very large Telescope) da ESO, no Chile, auxiliada por informações do arquivo do telescópio espacial Hubble da Nasa e da Agência Espacial Europeia (ESA).
A R136a1 não é só a estrela mais volumosa já descoberta até o momento, como também é a mais luminosa: cerca de 10 milhões de vezes mais forte que o Sol.
A gigantesca massa solar compõe um grupo de estrelas quentes, jovens e maciças denominado RMC 136a, o ponto mais luminoso da Nebulosa da Tarântula, em uma de nossas galáxias vizinhas, a Grande Nuvem de Magalhães.
"Devido à raridade destes monstros, acho improvável que este novo recorde seja superado em pouco tempo", afirmou o diretor da equipe, o professor Paul Crowther, da Universidade de Sheffield, na Grã- Bretanha.
Outras estrelas menores, anãs-marrons, foram achadas na região medindo cerca de 80 vezes o tamanho de Júpiter. Segundo a ESO, algumas possuem temperaturas superficiais de 40 mil graus, "sete vezes mais quente que o nosso sol".
Se a R136a1 substituísse o nosso sol, "sua grande massa reduziria a duração do ano da Terra em três semanas e banharia a Terra com uma radiação ultravioleta incrivelmente intensa, tornando impossível a vida em nosso planeta", afirmou o professor Raphael Hirschi, da Universidade de Keele (Grã-Bretanha).
Estrelas entre oito e 150 massas solares costumam ter uma vida curta, explodindo como supernovas e "deixando para traz remanescentes exóticos como estrelas de nêutrons ou buracos negros", afirmou o ESO.
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