A petroleira britânica BP afirmou nesta sexta-feira que não há sinais de vazamento no poço do Golfo do México, um dia depois de a companhia ter paralisado o fluxo de petróleo pela primeira vez desde abril.
De acordo com o vice-presidente da BP Kent Wells, nenhum petróleo vazou desde a colocação de uma tampa que vedou o poço.
Wells afirmou que os cientistas da companhia não detectaram "provas de qualquer tipo de rompimento" no fundo do mar. A companhia vai realizar outros testes em busca de rupturas.
A BP colocou câmeras controladas por robô no fundo do mar e está monitorando os instrumentos que, no momento, não mostram nenhum sinal de ruptura do poço.
O governo americano e a companhia petroleira estão revendo os resultados dos testes a cada seis horas. Ainda não se sabe qual será o próximo passo se os testes forem bem-sucedidos.
A BP sugeriu que, neste caso, o poço poderá ser mantido fechado, com os navios para coleta do petróleo posicionados na superfície, de prontidão.
Mais cedo, o comandante da Guarda Costeira dos Estados Unidos e encarregado de coordenar a resposta ao incidente, almirante Thad Allen, afirmou que os últimos testes de pressão do dispositivo que tampou o poço foram inconclusivos.
Allen acrescentou que o teste de pressão vai continuar por muitas horas. O almirante sugeriu também que é provável que a coleta do petróleo seja retomada pelos quatro cargueiros.
O vazamento começou em 20 de abril, quando a plataforma de petróleo Deepwater Horizon, operada pela BP, explodiu e afundou, matando 11 funcionários.
Desde então, a petroleira britânica tentou várias estratégias para conter o vazamento de petróleo, localizado a uma profundidade de cerca de 1,5 mil metros, mas nenhuma conseguiu solucionar o problema, considerado o pior desastre ambiental da história americana.
Pressão e cautela
Segundo especialistas, uma eventual queda da pressão no dispositivo colocado para tampar o poço poderia indicar problemas.
A empresa selou o poço na tarde de quinta-feira e vai manter as válvulas fechadas por um período de cerca de 48 horas, para testar se técnica é capaz de interromper o vazamento sem causar mais danos à estrutura.
Na sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o anúncio de progressos na tentativa de acabar com o vazamento de petróleo no Golfo do México é "uma boa notícia", mas ainda não significa a solução definitiva para o problema.
"A nova tampa (sobre o poço por onde o petróleo está vazando) é uma boa notícia", disse Obama a repórteres na Casa Branca.
"Acho importante que nós não nos antecipemos aqui. Um dos problemas em ter câmeras lá embaixo (na área do vazamento) é que quando o petróleo para de jorrar, todo mundo pensa que terminamos, mas nós não terminamos (de resolver o vazamento)", acrescentou.
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