domingo, julho 18, 2010

Temporada de observação de baleias recomeça na Bahia

Apesar dos milhares de quilômetros que separam a Antártica da América do Sul, mais precisamente do Brasil, as exuberantes baleias jubarte se deslocam, todo ano, para as águas tropicais do litoral brasileiro com o objetivo de se reproduzir.
O maior berço reprodutivo fica em Abrolhos, região costeira do sul da Bahia. O Estado tem nos meses de julho a novembro uma atração à parte: as baleias jubarte invadem o litoral baiano.
Durante a temporada, que teve início no começo de julho, é possível observar esses gigantescos animais por meio do turismo de observação de baleias, o “whalewatching”. Grandes e dóceis, os animais fazem acrobacias surpreendentes em pleno mar.
Com o lema “troque o arpão por uma câmera”, a prática é uma das ferramentas de sensibilização do Instituto Baleia Jubarte (IBJ), com sede em Caravelas, extremo sul da Bahia, e na Praia do Forte, no litoral norte de Salvador.
De acordo com Sérgio Cipolotti, biólogo e educador ambiental do IBJ, “esse turismo, além de incentivar a segurança das baleias, gera pesquisa e emprego, destaca a importância do meio ambiente e ainda aquece a economia local.”
Regulamentado pela portaria do Ibama de número 117/96, o turismo de observação é uma eficiente ferramenta de conservação das baleias e agrega valor econômico à proteção dos mamíferos, através da geração de renda para comunidades locais.
Na Bahia, os principais locais onde é possível realizar um cruzeiro de observação de baleias são Caravelas, Praia do Forte e Morro de São Paulo, com destaque para os dois primeiros, que abrigam bases do Instituto Baleia Jubarte. Os passeios custam em média R$ 150 e são realizados por operadoras certificadas pelo IBJ.
Encalhe de baleias
O crescimento da população de cetáceos no litoral baiano traz também o aumento do risco de encalhes. Além das causas naturais, como perda da rota migratória e doenças, há muitos outros fatores que podem levar uma baleia ou outro mamífero aquático a encalhar, tais como encalhe em redes de pesca, colisão com embarcações, poluição sonora provocada por explosões, tráfego de navios e construções diversas no ambiente marinho.
O Programa de Resgate do Instituto Baleia Jubarte, em parceria com Instituto de Mamíferos Marinhos, tem um telefone de emergência que funciona 24 horas para atender aos casos de encalhe.
Programa de Resgate (ligações a cobrar também são recebidas)
Praia do Forte: (0xx71) 3676-1463 e 8154-2131
Caravelas: (0xx73) 3297-1340 e 8802-1874

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